Porque os professores são vítimas do stress?
Diversos fatores são desencadeadores de stress,como excesso de burocracia (fichas avaliativas mensais, bimestrais e formulários para comunicações com coordenadores, para conselhos de classe, etc.), excesso de trabalho profissional em casa (preparação e correção de tarefas diferenciadas avaliativas, trabalhos escolares, provas, testes, planejamentos, projetos, etc.), indisciplina em sala de aula (conversas paralelas, uso de aparelhos eletrônicos, uso do telefone celular para enviar torpedo e jogos, gritos, etc.), salário baixo (e que não contempla o trabalho extra-classe, especialmente aquele realizado aos finais de semana e nos feriados),ausência do governo na questão de punir com rigor os alunos indisciplinados e que ameaçam seus professores, violências verbais,que partem tanto dos alunos quanto de seus pais , violências morais (comparações entre diferentes níveis de ensino e até entre os próprios professores feitas por coordenadores), exigências de resultados positivos nos boletins pelos pais de alunos e pressão da direção, perseguição de coordenadores e supervisores ,a indisciplina e apatia dos alunos e, principalmente, a falta de reconhecimento de sua atividade são algumas das causas de estresse, ansiedade e depressão que vêm acometendo os docentes brasileiros das escolas privadas e públicas.
Levando os docentes a desenvolver a síndrome de Burnout.A síndrome de burnout,ou síndrome do esgotamento profissional,é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger,um médico americano.O transtorno está registrado n grupo V da cid-10(classificação Estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde).Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições trabalho físicas,emocionais e psicológicas desgastantes.A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.
Quais os sintomas da síndrome de Burnout
O profissional fique mais agressivo, irritado, desinteressado, desmotivado, frustrado, depressivo, angustiado e que se avalia negativamente.
A pessoa que apresenta tal síndrome, além de manifestar as sensações acima descritas, perde consideravelmente seu nível de rendimento e de responsabilidade para com as pessoas e para com a organização que faz parte. Pode ocorrer em profissionais de diferentes áreas que possuem contato direto com pessoas. Também apresenta manifestações fisiológicas como cansaço, dores musculares, falta de apetite, insônia, frieza, dores de cabeça freqüente e dificuldades respiratórias.
A Síndrome de Burnout pode ser prevenida quando os agentes estressores no trabalho são identificados, modificados ou adaptados à necessidade do profissional, quando se prioriza as tarefas mais importantes no decorrer do dia, quando se estabelece laços pessoais e/ou profissionais dando-os importância, quando os horários diários não são sobrecarregados de tarefas, quando o profissional preocupa-se com sua saúde e quando em momentos de descontração assuntos relacionados ao trabalho não são mencionados.
O professor que desenvolve fobia escolar sente um pavor profundo da
escola e da sala de aula, acompanhado de alterações físicas como
palpitações e tremores. Os ambulatórios psiquiátricos dos hospitais
brasileiros já registraram o aumento dos casos de professores com
distúrbios de ansiedade, entre eles a fobia escolar. "O número de
professoras que têm procurado atendimento por estar estressadas,
deprimidas ou sofrendo de crise do pânico aumentou cerca de 20% nos
últimos três anos", diz Joel Rennó Júnior, coordenador do Projeto de
Atenção à Saúde Mental da Mulher do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Até meados dos anos 90, esse tipo de distúrbio psicológico era um quase
monopólio daqueles professores que trabalham em escolas públicas. Hoje,
afeta igual quantidade de educadores de colégios particulares. (Veja,Edição 1904 . 11 de maio de 2005)
|